Inglaterra proibirá uso de smartphones em escolas do país
O Partido Conservador, que governa a Inglaterra, planeja emitir novas diretrizes nesta segunda-feira proibindo o uso de smartphones nas escolas, inclusive durante os intervalos entre as aulas, de acordo com várias fontes.
Embora algumas escolas já tenham restrições em vigor, as novas diretrizes da Secretária de Educação, Gillian Keegan, estabeleceriam uma proibição em todo o país.
O anúncio, esperado nesta segunda-feira durante a conferência anual do Partido Conservador em Manchester, Inglaterra, ocorre após anos de debate e deixará a critério das escolas individuais a aplicação da proibição de smartphones, como o iPhone, da forma que escolherem, de acordo com o Daily Mail.
As diretrizes surgem após um relatório da ONU em julho recomendar a proibição de smartphones nas escolas para reduzir a interrupção e combater o cyberbullying.
“Gillian acredita que os telefones celulares representam um sério desafio em termos de distração, comportamento disruptivo e bullying”, disse uma fonte do governo conservador ao Daily Mail. “É um dos maiores problemas com os quais crianças e professores têm que lidar, então ela estabelecerá um caminho para capacitar os professores a proibirem os celulares nas salas de aula.”
Não é o primeiro país a proibir celulares nas escolas Em junho, a Finlândia proibiu smartphones nas salas de aula para enfrentar a queda nos resultados dos exames devido à interrupção, sendo o país mais recente a fazê-lo.
O The Guardian e outras fontes citaram a Unesco, a agência de educação, ciência e cultura da ONU, dizendo que há evidências que ligam o uso excessivo de telefones celulares “a um desempenho educacional reduzido e que altos níveis de tempo de tela têm um efeito negativo na estabilidade emocional das crianças”.
“A revolução digital possui um potencial inestimável, mas, assim como foram feitos avisos sobre como ela deve ser regulamentada na sociedade, atenção semelhante deve ser dada à forma como ela é usada na educação”, disse a Diretora-Geral da Unesco, Audrey Azoulay.
“Seu uso deve ser para experiências de aprendizado aprimoradas e para o bem-estar dos alunos e professores, não para seu detrimento”, continuou a diretora. “Mantenha as necessidades do aluno em primeiro lugar e apoie os professores. As conexões online não substituem a interação humana.”
Esta é a terceira vez que o Partido Conservador tenta introduzir essa medida, que cobriria as escolas na Inglaterra, mas não no País de Gales, Escócia ou Irlanda do Norte.
