Série: Meus Celulares Antigos – Episódio 2: Ericsson A1228dsi

O segundo episódio traz um modelo que fez bastante sucesso no fim dos anos 1990: o Ericsson A1228dsi.
Um celular que unia simplicidade, robustez e excelente desempenho em chamadas — três características que fizeram dele um destaque da época.
Ericsson A1228dsi: a evolução da praticidade
O Ericsson A1228dsi foi lançado em 1999, durante o auge da expansão da telefonia móvel no Brasil.
Diferente de modelos mais caros e corporativos da marca, o A1228dsi foi projetado para ser uma opção mais popular e acessível, sem abrir mão da qualidade tradicional da Ericsson.
Seu design compacto, com linhas retas e antena integrada, transmitia modernidade para os padrões da época. O aparelho trazia uma tela monocromática de boa legibilidade e um teclado confortável — fatores importantes quando o principal objetivo era fazer e receber chamadas.
O sufixo “dsi” identificava uma versão otimizada para as redes digitais, com pequenas melhorias de recepção e eficiência energética em relação a versões anteriores, o que o tornava especialmente adequado para o mercado latino-americano.
O cenário da telefonia móvel no fim dos anos 90
Em 1999, o Brasil vivia uma verdadeira revolução tecnológica. As operadoras privadas haviam assumido a telefonia celular e o número de usuários crescia de forma exponencial. Ter um celular já não era mais um luxo de executivos — era o início da popularização dos aparelhos móveis.
Nesse contexto, o Ericsson A1228dsi se posicionou como uma escolha inteligente: robusto, funcional e com preço competitivo. Ele foi amplamente utilizado tanto em capitais quanto no interior, tornando-se uma presença comum em muitos bolsos brasileiros.
No exterior, o modelo também teve boa aceitação em países da América do Sul e Europa Oriental, mercados que demandavam aparelhos com boa autonomia de bateria e resistência — pontos fortes da engenharia sueca da Ericsson.
Ficha técnica – Ericsson A1228dsi
| Ano de lançamento | 1999 |
|---|---|
| Fabricante | Ericsson Mobile Communications |
| Rede | GSM 900 / 1800 MHz (variações por região) |
| Dimensões | 130 x 46 x 23 mm |
| Peso | 150 gramas |
| Tela | Monocromática verde, 3 linhas |
| Bateria | NiMH, autonomia média de 4 a 6 horas de conversação ou até 80 horas em standby |
| Antena | Integrada (não removível) |
| Memória | Armazena até 99 contatos e últimos números discados |
| Toques | Monofônicos, com opção de personalização simples |
| Cores | Cinza escuro, azul metálico e grafite |
| Conectividade | Porta serial para acessórios e programação |
Como o Ericsson A1228dsi foi recebido pelo público
O A1228dsi foi amplamente elogiado por sua autonomia de bateria e pela qualidade de sinal,
características que o tornaram um dos favoritos entre usuários que buscavam praticidade e durabilidade.
Em tempos onde os celulares eram voltados quase exclusivamente para chamadas de voz e mensagens curtas (SMS), ele cumpria seu papel com excelência.
No Brasil, o modelo se tornou sinônimo de celular confiável — presente em residências, pequenas empresas e no dia a dia de profissionais que precisavam de comunicação constante sem complicações. Era o tipo de aparelho que dificilmente deixava o usuário na mão.
Um marco de transição para a nova era móvel
O Ericsson A1228dsi representa o fim de uma era e o início de outra. Ele surgiu no momento em que os celulares começavam a deixar de ser simples instrumentos de voz e passavam a incorporar novas funcionalidades, abrindo caminho para o que, poucos anos depois, se tornariam os smartphones modernos.
Recordar o A1228dsi é lembrar de uma fase em que a tecnologia era sólida, confiável e feita para durar —
valores que, muitas vezes, sentimos falta nos dias de hoje. Mais do que um celular, ele foi um companheiro diário que simbolizou a democratização da telefonia móvel no Brasil.
